Hexaflex, o robô que viabiliza técnicas de soldagem por atrito

 
 Foto: Galeria de Imagens do site do Governo do Paraná.


Uma tecnologia inovadora desenvolvida em Curitiba está de partida para a última etapa de desenvolvimento antes da formatação de seu primeiro protótipo. O Hexaflex, robô que viabiliza técnicas de soldagem por atrito, foi criado e patenteado pela EngeMOVI, empresa incubada na Incubadora Tecnológica do Tecpar (Intec).

Após sete anos de desenvolvimento e aportes financeiros e econômicos de R$ 2,5 milhões, o projeto está na sua reta final e vai, em breve, para Uberlândia (MG), onde passará por uma etapa de aprimoramento até se tornar um protótipo pronto para ir ao mercado.

O Hexaflex é resultado da soma de empreendedorismo, ambiente tecnológico e apoio acadêmico. Os sócios Gustavo Emmendoerfer, Walter Antonio Kapp e Ricardo Artigas Langer sempre estiveram ligados à área de automação industrial e viram na tecnologia de soldagem por atrito um filão a ser explorado.

Inscreveram-se na incubadora do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), foram aprovados e, então, patentearam o projeto do Hexaflex, mecanismo inovador a nível mundial.

“Como o produto é muito inovador, precisávamos de um protótipo para validar o conceito. O diferencial dele está na capacidade de gerar força e na sua versatilidade. Com tecnologia nacional, ele pode ser usado em um trilho longo e recuperar o casco de uma plataforma de petróleo ou, ainda, na construção de aeronaves, por exemplo. Por contar com um scanner laser 3D, o Hexaflex consegue mapear a superfície de trabalho e auxiliar o operador no processo em execução”, conta Artigas.

A última etapa do desenvolvimento do protótipo vai acontecer em Uberlândia, para onde o robô será enviado em agosto. Lá, vai passar por uma integração de processos, momento em que será instalado o cabeçote que realiza a soldagem por atrito. Depois de seis meses de testes, o protótipo estará pronto para ser apresentado ao mercado, em especial às indústrias naval e de óleo e gás, e para a fabricação de material composto, como na indústria aeronáutica e eólica.

Os empreendedores explicam que o suporte da incubadora foi fundamental para ajudá-los a dar o pontapé inicial na empresa, assim como no desenvolvimento de seus projetos. “Tivemos custos reduzidos no início do empreendimento e ainda contamos com apoio de infraestrutura, como o laboratório de prototipagem rápida em 3D, que nos permitiu a fabricação de alguns componentes do produto”, explica Artigas.

Para o gerente da Intec, Gilberto Passos Lima, a integração entre a incubadora, centro de pesquisas, empreendedores e academia deu resultado. “A Intec ajudou no desenvolvimento da empresa para que ela se consolide agora como uma desenvolvedora de robôs no País. Uma empresa como a esta contribui para a inovação regional e nacional. Eles desenvolvem projetos grandiosos”, ressalta Lima.


Postar um comentário

0 Comentários